Já ontem sonhava com o hoje que está para chegar
Mas só amanhã vi que não foi este hoje que eu pedi
Pois já faz muito tempo que por este tempo esperei
Queria o agora, mas este agora já não sei
Ontem acabou sem que dele tirasse o que queria
Agora anseio que o ontem volte qualquer dia
Serei tolo por querer mais daquilo que nunca tive?
Pois o ter-te é um monstro que em todos nós vive
Só agora sei que é a pressa que nos obriga a esperar
Venha lá quando vier, cá estarei para te apanhar
Porque no fundo não passamos de 1 único grão de areia na ampulheta do tempo
E que se vai esvaiando por entre as frinchas dos dedos